Joseph Kahn, diretor de “Wildest Dreams”, responde a críticas de racismo

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2015 18h27
Reprodução/YouTube <p>Taylor Swift no clipe de "Wildest Dreams"</p>

No último domingo (30), a cantora Taylor Swift lançou seu mais novo clipe, da música “Wildest Dreams”. Com 15 milhões de visualizações em menos de uma semana, o vídeo também recebeu muitas críticas da imprensa americana.

Veículos como “Billboard”, “Huffington Post”, “The Hollywood Reporter” e “NPR” afirmaram que o video mostra uma visão colonizadora da África, onde o vídeo foi gravado. Além disso, também foi sentida a falta de um ator negro no clipe.

A repercussão foi tanta que Joseph Kahn, o diretor do clipe (que trabalhou com Taylor em “Blank Space” e “Bad Blood”) decidiu redigir um comunicado para esclarecer qualquer  mal entendido. Leia aqui:

 “Wildest Dreams” é uma canção sobre uma relacionamento condenado, e o conceito do clipe era que eles estavam tendo um caso de amor em um local longe de suas vidas normais. Este não é um vídeo sobre o colonialismo, mas uma história de amor em set de filmagens na África, na década de 1950.

Há negros africanos no vídeo em uma série de cenas, mas eu raramente mostro os rostos da equipe pois a grande maioria do tempo de cena é de Taylor e Scott.

O vídeo é baseado em romances de Hollywood clássicos como Elizabeth Taylor e Richard Burton, bem como filmes clássicos como ‘Uma Aventura na África’, ‘Entre Dois Amores’ e ‘O Paciente Inglês’, para citar alguns.

A realidade não é apenas que tinha pessoas de cor no vídeo, mas os principais produtores criativos que trabalharam neste vídeo são pessoas de cor. Eu sou asiático, a produtora Jil Hardin é uma mulher afroamericana, e o editor Chancler Haynes é um homem afroamericano. Nós lançamos e editamos este vídeo. Decidimos coletivamente que teria sido historicamente impreciso carregar o elenco com mais atores negros, pois o vídeo teria sido acusado de reescrever a história. Este vídeo apresenta o passado por um grupo do presente e estamos todos orgulhosos do nosso trabalho.

Não há nenhuma agenda política no vídeo. Nosso único objetivo era contar uma história de amor trágica na iconografia clássica de Hollywood. Além disso, este vídeo tem sido apontado, mas tem muitos vídeos de música que descrevem a África. Estes vídeos tradicionalmente não têm sido lições de história africana. Não vamos esquecer que Taylor decidiu doar todos os seus rendimentos deste vídeo para a African Parks Foundation para preservar os animais em extinção do continente e apoiar as economias dos povos africanos locais.”

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